No mundo inteiro, existem pouquíssimas pessoas que têm a honra de receber o título de “supercentenários” – ou seja, alguém vivo há mais de 110 anos. Dentre mais de 7 bilhões de humanos, atualmente há apenas 74 supercentenários vivos. Qual o segredo desta gente para viver tanto? Cientistas norte-americanos foram buscar a resposta nos genes dos campeões da longevidade.
Os resultados da busca foram publicados semana passada no periódico online PLOS ONE. Liderados por pesquisadores da Universidade Stanford, nos EUA, os cientistas revelaram que, após terem analisado o genoma inteiro de 17 supercentenários, descobriram que não há segredos biológicos que expliquem por que estas pessoas vivem tanto.
VANTAGENS DE SER CENTENÁRIO
Segundo o grupo de pesquisa, não há proteínas alteradas ou grandes modificações nos genes que expliquem, do ponto de vista biológico, os anos de vida a mais que os supercentenários vivem.
A novidade causou curiosidade. Era de se esperar que houvesse mutações comuns nos genomas dos supercentenários que explicassem alguns fatos interessantes. Por exemplo, supercentenários têm uma taxa de incidência de câncer de apenas 19%, sendo que na população em geral esta taxa é de 49%. Além disso, os mega-velhinhos sofrem menos de doenças cardíacas e derrames.
Mas, se os supercentenários não nascem “codificados” para viver mais, qual será então o segredo deles? A Ciência ainda busca respostas conclusivas. Em primeiro lugar, os cientistas de Stanford afirmam que 17 supercentenários foi um número relativamente pequeno para análise; talvez mutações em comum possam ser encontradas caso se compare um número maior de pessoas.

Pesquisas científicas já publicadas mostraram que existe um número grande de variações genéticas mais comuns em famílias que possuem vários membros centenários, ou que chegaram aos 90 anos muito bem de saúde.
Estas variações parecem sugerir que os genes possuem papel preponderante no número de anos que vivemos. Porém, foi interessante notar que um dos supercentenários estudados na pesquisa de Stanford possuía uma variação genética que o tornava altamente propenso a ter uma perigosa doença no coração; apesar desta mutação, o coração do velhinho sempre funcionou bem.
Por isso, é sempre bom lembrar que, apesar das informações genéticas terem um impacto enorme na saúde em todos os momentos da vida, elas não são os únicos fatores que determinam nosso futuro. A maneira como nos alimentamos ao longo dos anos, a quantidade de exercícios físicos que praticamos, o quanto de sono temos todas as noites e o ritmo do dia-a-dia afetam diretamente a longevidade.
Estes fatos já foram mais do que comprovados por diversos estudos acadêmicos há décadas e são, hoje, a maneira mais certeira de se viver mais e melhor. Quem quiser se candidatar ao clube dos supercentenários deve começar a se alimentar de maneira equilibrada e nutritiva desde já! Acompanhe as dicas diárias do portal SobrePeso sobre boa alimentação e vida saudável para te ajudar nesta longa jornada!