Crianças que dormem pouco têm mais chances de engordar

Pesquisa mostra que dormir bastante durante a infância é uma maneira natural de combater a obesidade durante a adolescência e a idade adulta.

Pensar em uma infância saudável nos remete a imagens de muita diversão, brincadeiras a mil e energia em excesso. Mas os momentos mais calmos do dia também devem fazer parte da rotina dos pequenos para que eles mantenham a saúde por mais tempo. Uma nova pesquisa científica mostra que crianças que dormem pouco podem ter até duas vezes mais chances de se tornarem adultos obesos.

[quote_right]”Quando não dormimos o suficiente, a produção de hormônios associados ao peso e ao apetite é afetada”[/quote_right]

O estudo, publicado no periódico The Journal of Pediatrics, acompanhou dados de saúde de 1900 crianças britânicas ao longo de 15 anos. Os padrões de sono delas foram correlacionados ano a ano ao Índice de Massa Corporal.

Os dados mostram que crianças de 5 e 6 anos que dormiam pouco – e por “pouco” os cientistas consideraram menos de 10 horas e meia de sono por dia – corriam riscos de 60 a 100% maiores de serem obesos quando atingissem os 15 anos.

“Nos últimos anos, dormir poucas horas tem sido reconhecido como um fator de risco para a obesidade infantil”, disse Karen Bonuck, cientista da Escola de Medicina Albert Einstein da Universidade Yeshiva, nos EUA, e principal autora do estudo.

“Quando não dormimos o suficiente, a produção de hormônios associados ao peso e ao apetite é afetada”.

Além da falta de sono, outro parâmetro foi relacionado ao excesso de peso na adolescência: problemas na respiração enquanto se dorme.

Crianças que apresentam algum destes problemas, como roncos ou apnéia do sono, também têm riscos maiores de se tornarem obesas no futuro.

Problemas na respiração impedem que o corpo atinja os níveis mais profundos de sono, o que impacta negativamente a produção dos hormônios que coordenam o apetite e a sensação de saciedade.

“Nós já sabemos que o caminho para a obesidade começa cedo na vida”, disse Karen. “Se mostrarmos conclusivamente que problemas no sono durante a infância causam obesidade no futuro, será vital que pais e médicos identifiquem estes problemas cedo, para que medidas corretivas sejam tomadas e a obesidade, prevenida”, completou a pesquisadora Karen.

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