Em vista do número cada vez maior de crianças acima do peso, instituições de ensino ao redor do mundo têm buscado soluções para o problema.
Como fazer os pequenos serem mais ativos e comerem menos? Algumas optam por banir alimentos hipercalóricos. Outras, estender o tempo das aulas de educação física ou adquirir carteiras em que os alunos estudam de pé.

E outras ainda têm apostado em uma estratégia inovadora: modificar a arquitetura.
As imagens que ilustram a matéria são de um colégio na zona rural de Buckingham, Virgina, nos Estados Unidos. Lá, arquitetos trabalharam lado a lado com profissionais da saúde para remodelar o espaço físico habitado pelas crianças, estimulando-as a ter um novo tipo de contato com a alimentação e o ambiente ao seu redor.
Todos os aspectos da escola foram repensados. As escadas tornaram-se mais atrativas, incentivando a meninada a gastar mais calorias no sobe e desce diário. As salas de aula ganharam cadeiras que se curvam quando alguém senta sobre elas, então os alunos nunca estão ‘estáticos’ enquanto estudam (veja na primeira foto da matéria).

Em termos de comida, a cozinha deixou de ser um local escondido. Quando os alunos vão receber o almoço, conseguem ver através de amplas janelas onde e como o alimento é preparado. Opções saudáveis de comidinhas são colocadas à altura dos olhos das crianças na fila para pegar comida, estimulando seu consumo.
A escola ganhou, também, uma grande horta, na qual os alunos podem sujar as mãos de terra e aprender sobre como os alimentos são cultivados. Aulas de nutrição ensinam as crianças a cozinhar e aproveitar melhor as refeições.

“O ambiente em que vivemos afeta não somente nosso comportamento, mas as atitudes que levaremos por toda a vida em relação à alimentação saudável e a hábitos de vida ativos”, explicou o professor Matt Trowbridge, da Universidade de Virgina, um dos consultores do projeto.
“Também é claro que é muito melhor prevenir a obesidade nas crianças do que tentar ajudar adultos a perder peso. Por isso o ambiente escolar é tão importante”, disse o pesquisador.