Já ouviu falar na aterosclerose? Este nome complicado indica uma condição de saúde na qual placas são formadas nas paredes das artérias, dificultando o fluxo do sangue no coração. Estas placas surgem quando há muita gordura e colesterol na circulação. Agora, uma nova pesquisa científica acrescenta outros dois itens na lista de fatores que contribuem para o desenvolvimento da doença.
De acordo com um estudo publicado na revista científica Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, homens que estão com diabetes tipo 2 e têm níveis baixos de testosterona – o “hormônio masculino” – apresentam chances 6x maiores de ter a artéria carótida mais grossa (quando comparados a diabéticos tipo 2 com níveis normais de testosterona).
Isto significa que estes homens correm riscos 54% mais altos de sofrer doenças cardiovasculares.
“Nosso estudo indica uma forte associação entre concentrações baixas de testosterona e a severidade das placas ateroscleróticas, assim como a outros marcadores da doença”, escreveu o médico Javier Mauricio Farias, um dos autores do estudo.
Farias deixou claro que os resultados não explicam se a testosterona contribui diretamente para o desenvolvimento da aterosclerose, ou se apenas sugere um risco elevado. De acordo com o pesquisador, “o estudo é um avanço importante na compreensão dos riscos de eventos cardiovasculares em homens que têm tanto níveis baixos de testosterona quanto diabetes tipo 2″.