Alimentação adequada faz diferença no vestibular

Alimentos ricos em vitamina D, zinco e ômega-3 ajudam a melhorar capacidade cognitiva e memória, importantíssimas na hora de prestar a prova do Vestibular.

Para os vestibulandos, Novembro é marcado por grandes emoções. Cinco dos vestibulares mais disputados do país ocorrem neste mês. Entre eles está a Fuvest, que garante vagas para USP e Santa Casa, e a Comvest, que seleciona estudantes para a Unicamp. A longa rotina de estudos faz com que jovens negligenciem os hábitos alimentares saudáveis, o que pode acarretar no mau desempenho durante os testes.

Omêga 3, vitamina D, selênio, zinco e colina (nutriente do Complexo B de vitaminas) são substâncias obrigatórias no cardápio do estudante

De acordo com Pedro Reinato, coordenador de serviços educacionais da editora Saraiva, a alimentação adequada nas semanas anteriores à prova pode propiciar o aumento da capacidade cognitiva. “Para o melhor desempenho, o cérebro necessita da ingestão equilibrada de nutrientes”, afirma.

Omêga 3, vitamina D, selênio, zinco e colina (nutriente do Complexo B de vitaminas) são algumas substâncias obrigatórias no cardápio do estudante, devido à capacidade de atuação na construção do tecido cerebral.

Engana-se quem acha que esses nutrientes são difíceis de encontrar. “Morango, pêssego, uva, kiwi, tomate, maçã, cebola e espinafre são alimentos fáceis de colocar no plano alimentar diário e que apresentam compostos específicos e estimulam a formação de novas conexões entre neurônios”, explica nutricionista do Hospital Leforte, Marisa Diniz Graça.

A nutricionista Bianca Giannatempo também recomenda o consumo a longo prazo de outros alimentos, a fim de obter reais benefícios. São eles: Salmão, atum, sardinha, nozes, semente de chia, linhaça, leites e substitutos, cogumelos, gema do ovo, castanhas, amêndoas e cogumelos.

Alimentos que não estão presentes no cardápio do dia a dia do jovem devem ser evitados. Além disso, pratos gordurosos e pesados, como feijoada, batata-frita, molho quatro queijos, refrigerantes e bebidas alcóolicas também devem ficar fora do cardápio.

DURANTE A PROVA

Quem nunca se distraiu com ruídos durante uma atividade que requer concentração? Cada fase dos processos seletivos dura quatro horas, em média, e é permitido consumir alimentos. Porém, a educação não deve ser posta de lado. “Procure levar alimentos mais fáceis de manusear, pois o barulho de embalagens pode atrapalhar a concentração dos demais candidatos”, alerta Marisa Diniz.

Por conta do desgaste mental, o indicado é que haja ingestão de algo a cada duas horas. “Durante a prova é preferível que o estudante leve alimentos práticos e leves para evitar qualquer desconforto gástrico. Algumas opções são: castanhas, biscoitos integrais, frutas, água e sucos”, recomenda a nutricionista Bianca Giannatempo.

CAFÉ

Carolina Rosaboni se prepara para encarar a Fuvest. A estudante de 18 anos, que pretende cursar Cinema, toma café várias vezes ao dia. Ela é uma entre os milhares de pessoas que consomem fontes de cafeína e energéticos, a fim de estimular a memória e a concentração e espantar o sono e cansaço.

Entretanto, o consumo indiscriminado pode promover o efeito contrário. “Bebidas energéticas podem resultar em fortes efeitos colaterais como aceleração do batimento cardíaco, insônia e dependência. Já as bebidas à base de cafeína podem afetar diretamente a memória e a capacidade de concentração, retardando respostas e estímulos”, alerta a nutricionista Marisa Diniz Graça.

Para não fazer uso desses produtos, é recomendável que o vestibulando durma pelo menos 8 horas e descanse bem antes da prova.

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